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segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Bullying Pode Criar Monstros... Massacre em Realengo, no Rio de Janeiro

Assim que as aulas forem retomadas, a direção vai convocar alunos e pais para pintar o prédio. O diretor Luiz Marduk falou que o bullying não é novo, mas a discussão é recente. “Estamos vivendo as consequências de um trabalho que não foi feito. Mas vamos reerguer a escola”, disse.

O massacre ocorrido na última quinta-feira na escola no bairro do Realengo, no Rio, com 12 alunos mortos, levanta mais uma vez a questão do bullying, já levantada anteriormente quando ocorreram massacres semelhantes nos Estados Unidos. 

Isso não significa que toda criança ou adolescente que seja espezinhado pelos colegas, por ser tímido ou fisicamente fora dos padrões, vá cometer um assassinato em série para se vingar de quem o maltratou, matando inocentes que nem sabem quem ele é. 

Por outro lado, não dá para ignorar o depoimento de Thiago, na “Folha” de ontem, um ex-colega de Wellington, autor dos crimes, sobre como ele era tratado quando ambos estavam na 7ª série. Segundo Thiago, Wellington era “zoado” pela turma, principalmente pelas meninas. Na visão dele, as vítimas foram escolhidas a partir das semelhanças físicas com as meninas que estudaram com eles na época.: “A L., que falava direto pra ele: ´Sai daí, seu feio´, quando queria sentar em um lugar que ele estivesse ocupando, é idêntica a uma menina que ele matou”. 

Mesmo que seja fantasia de Thiago essa afirmação, nem as escolas nem os pais devem ignorar situações em que a criança passa a ter um comportamento estranho, não querendo ir à aula porque está sofrendo bullying por parte dos colegas. 

Nunca se debateu tanto a questão. Livros vêm sendo publicados, palestrantes estão indo a escolas falar sobre bullying, e as vítimas começam a perder o medo e a denunciar os maus-tratos sofridos. Se não se expressam, é muito pior, podendo reagir com violência mais além. 

O diálogo familiar, a procura por ajuda de um profissional especializado, um psicólogo ou psiquiatra, e o cuidado para não ter armas em casa, pode evitar tragédias futuras, suicídio ou cenas de horror como as perpetradas por Wellington na última quinta-feira. E o que é dito em redes sociais também merece atenção. 

Um comportamento estranho de uma criança ou adolescente deve acender o sinal de alerta de pais, professores, coordenadores de uma escola. Nada de deixar passar como se fosse algo sem maior importância. Para um parente, Wellington teria dito que pretendia cometer um atentado ao Cristo Redentor. Não dá para desconsiderar uma fala dessa natureza, por mais absurda que pareça. A partir de agora, ameaças desse tipo precisam ser levadas mais a sério para tentar prevenir tragédias que destroem vidas e traumatizam toda uma sociedade. 

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