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terça-feira, 31 de maio de 2011

A LIGA - Bullying 1/5

Bullying: o triângulo da agressividade





Bullying: o triângulo da agressividade
Maria Irene Maluf 


Durante o século XX o mundo assistiu a um extraordinário período de transformações que surgiram a partir da eclosão de novos e numerosos conhecimentos científicos. Nesse movimento de crescente complexidade, chegamos ao séc. XXI e percebemos que tais inovações, invadiram rapidamente através dos novos meios de comunicações, nossa vida social, familiar e profissional causando um grande impacto, tal como ocorrido na indústria, nas ciências em geral, na medicina, etc.

Nascidas a partir dos anos 90, as crianças e os jovens de hoje, evidentemente enfrentam uma sociedade muito mais intrincada que aquela em que seus pais e avós viveram, os quais sonhavam que o desenvolvimento tecnológico, facilitador das tarefas mais difíceis ou até rotineiras, poderia proporcionar um mundo de bonança e serenidade.

Das histórias de extraterrestres que se comunicava por meio de estranhos instrumentos, pouco restou, pois praticamente tudo pode ser criado de verdade.

As crianças perderam de alguma forma esse sonho que embalou as últimas gerações: a de um mundo maravilhoso por vir, cheio de confortos, facilidades, rapidez, eficiência. Robôs que nos servem, fazem o serviço pesado por nós? Telefones móveis, internet, milhões de informações disponíveis em um aparelhinho do tamanho de uma carteira? Assistir ao vivo um acontecimento que está se passando agora do outro lado do mundo ou mesmo dentro de uma nave espacial? Tudo isso e muito mais existe hoje, em boa parte do nosso planeta e não os surpreende, pois afinal eles vivem nessa realidade desde que  nasceram  e as encaram como Adão e Eva encararam o Paraíso: tudo muito normal....

Chegamos, entretanto ao século XXI em um mundo onde a felicidade está ligada diretamente àquilo que dá muito prazer e o que dá prazer é o novo, o inédito, a "adrenalina" da eminência de perigo, do desafio. Para tanto, nada melhor do que um jogo, uma brincadeira agressiva e mais: o poder. O poder de subestimar o outro, de usá-lo, de fazer dele um personagem, como uma caricatura. O poder que a agressividade trás aos fracos vem da intimidação que praticam, a qual gera sofrimento que tem dificuldade de se defender.

As crianças vêm aprendendo a ser agressivas cada vez mais precocemente e da mesma forma que a maioria, parecem ter nascido sabendo operar um computador, uma boa parcela delas se assemelham, já aos 4 ou 5 anos, a pré-adolescentes querendo dominar o outro pela hostilidade verbal e física.

A crescente onda de agressividade que se percebe no comportamento de crianças e adolescentes incluem uma enorme gama de condutas explosivas de ira, agressão física e verbal, brigas, ameaças crueldades, vandalismo, etc.

A situação é alarmante: hoje, uma das mais constantes queixas que se encontra nas escolas, de todos os níveis sociais e econômicos é a dificuldade de se lidar com esse potencial instintivo que parece ter renascido com toda força no final do século XX. Bullying, nome dado a esse comportamento universal de violência nas escolas, envolve uma forma de afirmação de poder através de atitudes onde a agressividade intencional, repetitiva, ultrapassa a brincadeira entre iguais.

O bullying ou violência escolar é um termo criado na década de 80 na Noruega, originado da palavra inglesa "bully", ou seja, valentão. Na forma de verbo, indica a ação de ameaçar, intimidar. E é isso mesmo que ocorre:uma série intencional e repetida de atitudes agressivas de um ou mais estudantes,sem qualquer motivo plausível, contra um grupo ou um colega sobre o qual exercem algum poder de intimidação.

Mas afinal, quais são as causas? Problemas de educação? Da família? Das escolas? Ou seria a TV, o computador, a Internet, os maus exemplos?

Muitos estudos têm mostrado que é necessária uma interação complexa de fatores que elevam o risco do aparecimento de condutas violentas nas crianças e jovens, para que o bullying apareça: ter vivido cenas violentas ou sofrido violências, abuso sexual, físico, excessiva exposição a violência através de jogos, televisão; uso de drogas, álcool, fatores socioeconômicos prejudicados, família desestruturada, problemas psiquiátricos, entre outros.
É unânime que a criança que apresenta este problema deve ser tratada e não punida, pois lidamos com jovens que sofrem, que não encontram formas de se aproximarem de seus iguais, que se percebem tão frágeis que tem de mostrar o contrário, provar todo o tempo que são destemidas. E temos outras que enveredam pelo caminho oposto, tem sua auto-estima diminuída, suas fraquezas expostas e se deixam dominar pelo medo de serem agredidas e humilhadas.

No Bullying nem sempre a vítima é atacada pessoalmente, com agressões, roubos, humilhações verbais ou gestuais. A difamação, o isolamento, também são modalidades muito usadas principalmente pelas meninas. Mais recentemente surgiu uma nova modalidade, o "cyberbullying", quando a tecnologia da informação e comunicação é usada para atos hostis.
A violência escolar leva a vítima a se isolar, sentir-se insegura e discriminada. Em geral, é escolhida por seus agressores justamente por aparentar certa fragilidade, ansiedade,dificuldade de relacionamento com o grupo e termina por ter ainda maiores problemas com sua auto-estima, podendo vir a desenvolver depressão e apresentar baixo rendimento escolar.

As ações de prepotência trespassam a agressividade física ou verbal. É mais refinada, envolvendo intimidação psicológica, de modo que quando os pais e professores se dão conta, o fato já ocorre normalmente há muito tempo.

Seu objetivo não é só humilhar, ridicularizar, mas também controlar constantemente um colega ou grupo de colegas, que por problemas de baixa auto-estima tem carência afetiva tornando-se alvo fácil de ser controlado por outro que busca se destacar.

Todos sabem que essa situação não envolve nada de totalmente novo, já que as disputas entre crianças e jovens na escola, sempre existiu. O que difere esses dois momentos é que no passado a briga era entre iguais e hoje se trata de uma série de atos de intimidação sistemáticos, que se dão entre três grupos: os intimidadores (os "bullies"), os intimidados e os expectadores, posições estas que podem se inverter. Os expectadores, por exemplo, se calam por medo de se transformarem na próxima vítima e que por isso, tornam-se por vezes, novos agressores.

Uma característica marcante é que praticamente metade das vítimas não tem coragem de pedir ajuda aos professores e aos seus pais. Apesar de ser mais freqüente após os 11 anos de idade, o Bullying também acontece no ensino médio e na pré-escola.

Os meninos são maioria entre os agressores, mas dividem com as meninas o número daqueles que são vítimas. Os meninos não parecem ter preferência por suas vítimas serem de um ou outro sexo. Já as meninas tem quase sempre outra menina como alvo.

Sabe-se através de pesquisas que metade de todos os estudantes são intimidados ao menos uma vez na vida escolar e que ao menos 10%, o são com certa regularidade, o que ocasiona um tipo de sofrimento que os pode prejudicar na sua vida social, emocional.

Pensar que os intimidadores são crianças ou jovens fortes é um erro: eles são em geral vitimas de abuso físico ou de intimidação que os tornou depressivos, agressivos. Para sobreviver, aprenderam essa forma de se relacionar no meio ambiente e se destacarem. Entretanto, não é raro que se tornem vítimas de bullying e por isso, procuram ser cada vez mais reconhecidamente agressivos, dominadores. O agressor normalmente, também é alguém com problemas de insegurança, de relacionamento social, que aprendeu com adultos essa forma de resolver suas questões, já que é freqüentemente vítima de rejeição, de humilhação, de pouco cuidado por parte de famílias desestruturadas, onde a agressão é o modelo usado para impor o poder. Torna-se um valentão na aparência, mas é uma criança ou um jovem, que precisa de assistência para conseguir se expressar e se relacionar de forma socialmente adequada.

O ambiente familiar é em grande parte responsável pela agressividade das crianças. Os estímulos familiares são os que influenciam por mais tempo a formação do ser humano e por isso superam a qualquer outro em importância na sua educação.

A agressividade sofrida na própria família marca a criança de forma indelével e tem uma multiplicidade de conseqüências ao longo da sua vida.Seja física,verbal ou atitudinal, a agressividade dos pais, aponta para frustrações originadas na própria família,na vida profissional ou meio social. A vida escolar dos filhos, por exemplo, pode ser motivo de frustrações nos pais, o que gera reações agressivas entre eles.

Aos pais cabe a tarefa de observarem com cuidado seus filhos que demonstrem receio de ir à escola, negando-se ou preferindo serem acompanhados por estes e demonstrem baixa auto-estima, problemas de aprendizagem, perda freqüente de material escolar ou objetos pessoais ou ainda que dêem explicações pouco razoáveis para esses fatos assim como para o aparecimento de ferimentos corporais leves e danos ao uniforme escolar.

Se a família perceber ou for informada que seu filho é um agressor, não o vai ajudar se tratar dessa questão com desdém, dar seu consentimento ou cobertura a tais comportamentos. Também vai piorar as coisas, agindo de forma violenta.

Assim como suas vítimas, os agressores precisam do apoio da escola, da sua família e de profissionais especializados. Sem ajuda adequada, muitas dessas crianças poderão vir a ser delinqüentes na juventude e adultos desajustados no futuro.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Amigos da Escola promove debate sobre Bullying e Cyberbullying


Serginho Groisman será mediador do debate transmitido ao vivo pela internet


Nesta sexta-feira, dia 27, 264 professores, alunos e diretores de escolas estaduais e municipais cadastradas no projeto Amigos da Escola de São Paulo participarão de um debate na Rede Globo sobre o tema Bullying e Ciberbullying. O objetivo é provocar a reflexão sobre o tema, assim como orientá-los sobre os procedimentos corretos para se prevenir e lidar com as situações enfrentadas.

O debate terá a participação de duas especialistas – a psicóloga Ana Beatriz Barbosa e a especialista em educação Andrea Ramal –, e será mediado pelo apresentador Serginho Groisman. Felipe, aluno que iniciou a campanha antibullying no programa Altas Horas, também fará participação especial.
Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever as violência física e psicológica praticadas por uma pessoa ou um grupo com a intenção de intimidar ou agredir um indivíduo. No ano passado, o Sergio Groisman iniciou uma campanha sobre o tema com o apoio do projeto Amigos da Escola, que incluiu uma série de entrevistas com pessoas que sofreram essa violência. Esse debate é uma oportunidade de a comunidade escolar tirar as dúvidas sobre o tema e encontrar meios de combatê-lo dentro e fora da sala de aula.

Autor de bullying que extorquiu colega vai limpar escola

Adolescente de 13 anos irá limpar escola e lavar louça da merenda escolar. Família também terá que devolver R$ 500,00 para vítima em Campo Grande


O promotor de Campo Grande, Sérgio Harfouche, da 27ª Vara da Infância e da Adolescência, determinou que o adolescente de 13 anos que foi flagrado extorquindo um colega de escola, vai ser punido com 'castigo': ele terá que cumprir tarefas na escola, como limpeza de pátios e lavar louça da merenda escolar, além de participar de curso de orientação contra bullying. A penalidade será aplicada a partir de segunda-feira (30).
O “castigo” foi aplicado no lugar de medida sócio-educativa, uma alternativa que já tem histórico em outras escolas de Campo Grande, em projeto da promotoria. “Se fosse para a Unei, ele vira bandido”, disse Harfouche. “É uma escola de marginal, institucionalizada no Brasil inteiro; infelizmente não tem perfil de educação”, referindo-se à Unidade Educacional de Internação.
Harfouche resolveu aplicar este tipo de penalidade o pois o garoto não tinha qualquer antecedente na Justiça. Nestes três meses de penalidade, caso seja flagrado em outra situação irregular, irá responder pelo ato infracional da extorsão, sendo punido com internação na Unei. "Estou dando a oportunidade para que ele mostre se é indisciplinado ou infrator".
Além da punição, a mãe do garoto terá que entregar R$ 500,00 à vítima, montante médio calculado que o garoto, também de 13 anos, teria pago para evitar ser agredido na escola. Nenhum dos garotos estuda mais na instituição em que o caso aconteceu, mas a punição será cumprida lá, como forma de alerta as outros estudantes.
A Polícia Civil investiga outros dois adolescentes que também estariam extorquindo o colega. Na próxima semana, Harfouche irá conversar com o garoto que foi vítima de bullying, para acompanhamento. As informações são do G1.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Bullying começa em casa

O Bullying começa em casa:

"No livro 'Bullying - mentes perigosas nas escolas' (Rio de Janeiro: Editora Fontanar, 2010), a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva analisa o perfil dos bullies, ou seja, dos agressores que cometem Bullying. Na entrevista a seguir, concedida, por e-mail, à IHU On-Line, ela revê o início dos estudos acerca desse problema crescente no mundo todo e lembra que o marco se deu em 1982, quando “o norte da Noruega foi palco de um acontecimento dramático, onde três crianças com idade entre 10 e 14 anos se suicidaram por terem sofrido maus-tratos pelos seus colegas de escola”."

Ícones das artes marciais fazem campanha contra bullying - Paraná-Online - Paranaense como você

Ícones das artes marciais fazem campanha contra bullying - Paraná-Online - Paranaense como você:

"Segundo o campeão dos meio-médios do Ultimate Fight Championship(UFC), que ressaltou os problemas que viveu na infância, as artes marciais podem ajudar na luta contra o bullying. 'Não quero apenas ajudar as criança que sofrem bullying, mas também mudar a cabeça de quem pratica, mostrar que o que eles fazem é algo ruim', disse GSP, em entrevista ao site Yahoo."

terça-feira, 24 de maio de 2011

Adolescente paga R$1.000 para evitar bullying

Da Redação

Um estudante de 13 anos pagou R$1.000 para não ser agredido na escola. O aluno foi ameaçado durante um ano por um colega que exigia que a vítima pagasse pequenas quantias que somadas chegavam a esse valor.

A extorsão aconteceu dentro da escola Estadual Vespasiano Martins, em Campo Grande. O autor das ameaças pediu transferência de escola em dezembro do ano passado.
Mesmo assim ele continuou a ameaçar a vítima. Na última semana ele ligou para o estudante pedindo mais dinheiro, dessa vez o aluno ameaçado gravou a conversa.

Depois de marcar um encontro em um terminal de ônibus eles discutem o preço a ser pago. A vítima pergunta de quanto seria a quantia dessa vez e o agressor responde que exigiria R$1.000.

Denúncia

O caso foi denunciado por uma vizinha. Ela descobriu que o filho – aluno do mesmo colégio - também era extorquido.
A denúncia foi registrada na Deaji (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente) como extorsão. O autor das ameaças foi chamado para prestar depoimento e confessou que pedia dinheiro para não bater nos colegas.

A delegada Aline Lopes, conta que o autor tem essa atitude como normal.

-Ele afirmou que não ameaçava, para ele isso não era ameaça, era norma para ele. Mas confessou dizendo que podia ter dito que ia bater, mas que nunca os ameaçou de morte.

O inquérito foi enviado ao Ministério Público. A delegada não pediu a detenção do autor por ele não ter passagem pela polícia. O estudante que cometia bullying tem a mesma idade e tipo físico que a vítima, o que chamou a atenção da polícia.

Para a psicóloga, Valéria Rezende da Silva, ainda que a vítima não tenha sido agredida fisicamente o caso se configura como bullying.

-Este rapaz agressor devia ter um poder de persuasão muito forte, porque ele conseguiu realmente dominar este outro garoto da mesma idade e tipo físico. Esta é uma característica clássica de bullying.

Fonte: R7


sábado, 21 de maio de 2011

Notícia: Plenário rejeita parecer contrário ao projeto antibullying nas escolas do ES.

Publicado em 10/03/2010 - 17:09 por kathiamattos

Plenário rejeita parecer contrário ao projeto antibullying nas escolas do ES. A luta continua

A unimidade o plenário da Assembléia Legislativa rejeitou na sessão desta quarta-feira o parecer da Comissão de Justiça vetando o projeto antibullying nas escolas públicas e privadas do Espírito Santo, de autoria do deputado César Colnago (PSDB).
"Foi uma vitória da sociedade capixaba que está acompanhando de perto a tramitação desse projeto na Casa porque compreende a importância desse tema no desenvolvimento sócio-pedagógico de nossas crianças e adolescentes", comemorou Colnago, que ainda hoje deu entrada numa Emenda Substitutiva ao projeto que tramitará pelas comissões pertinentes ao tema até a votação final em plenário.
"É fundamental que essa matéria tenha uma tramitação rápida em função do início do Ano Letivo nas escolas", salientou César Colnago.
O substitutivo do projeto prevê a inclusão de medidas no projeto pedagógico, das escolas públicas e privadas, de educação fundamental para a conscientização, prevenção, diagnóstico e combate ao bullying.
Bullying são todas as atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotadas por estudantes contra colegas de turma ou escola. Geralmente não há motivação para a violência contra a vítima, que costuma ser tímida, insegura e pouco sociável.

São considerados casos de bullying colocar apelidos pejorativos, ofender, humilhar, discriminar, excluir, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, agredir, roubar, depredar o patrimônio alheio, entre outros. Uma pesquisa realizada na Grã Bretanha apontou que 37% dos alunos do primeiro grau já sofreram bullying por parte dos colegas. As agressões ocorriam, no mínimo, uma vez por semana.

No Brasil, análise realizada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Criança e ao Adolescente (Abrapia), em 2002, no Estado do Rio de Janeiro, constatou que, dos 5.875 alunos de 5ª a 8ª série entrevistados, 40% admitiam estar envolvido em casos de bullying, sendo que 16,9% foram alvos, 10,9% alvos e autores e 12,7% autores de violência contra outros alunos.

Os meninos estão, em sua maioria, mais envolvidos em casos de bullying, tanto como vítimas quanto autores das agressões. As meninas também praticam o ato, principalmente com o objetivo de excluir ou difamar outros alunos. Em seu projeto, o deputado César Colnago explica quais são as consequências dos abusos sofridos em ambiente escolar.

Fonte: Blog do Deputado Cesar Colnago

CONHEÇA A ÍNTEGRA DA EMENDA SUBSTITUTIVA
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 544/2009

Dispõe sobre medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying escolar.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
D E C R E T A

Art. 1º Fica expressamente proibida a prática do bullying escolar que consiste na prática de atos de violência física ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de constranger, intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.

Parágrafo único. São exemplos de bullying: promover e acarretar a exclusão social; subtrair coisa alheia para humilhar; perseguir; discriminar; amedrontar; destroçar pertences; instigar atos violentos, inclusive utilizando-se de meios tecnológicos e ambientes virtuais.

Art. 3º Constituem objetivos a serem atingidos:
I - Conscientizar a comunidade escolar sobre o conceito de bullying, sua abrangência e a necessidade de medidas de prevenção, diagnose e combate;
II- prevenir, diagnosticar e combater a prática do bullying nas escolas;
III - capacitar docentes, equipe pedagógica e funcionários da escola para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;
IV - orientar os envolvidos em situação de bullying, visando à recuperação da auto-estima, do desenvolvimento psicossocial e da convivência harmônica no ambiente escolar e social;
V - envolver a família no processo de construção da cultura de paz nas unidades escolares e perante a sociedade.
Art. 4º Decreto regulamentador estabelecerá as ações a serem desenvolvidas, como palestras, debates, distribuição de cartilhas de orientação aos pais, alunos, professores, servidores, entre outras iniciativas.
Art. 5º O Poder Público, por intermédio de seu órgão competente, elaborará políticas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying para as unidades escolares, bem como o seu constante acompanhamento, respeitando as medidas protetivas estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Art. 6º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 7º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio Domingos Martins, 24 de fevereiro de 2010.

CÉSAR COLNAGO
Deputado Estadual

quarta-feira, 18 de maio de 2011

SRZD | 'Rebelde' vai abordar bullying nesta quarta-feira | Notícia | Entretenimento | Televisão

SRZD | 'Rebelde' vai abordar bullying nesta quarta-feira | Notícia | Entretenimento | Televisão

Taylor Swift lança o clipe antibullying de "Mean"

A produção faz parte da série de clipes que estão surgindo para levantar consciência do problema que afeta milhares de crianças nas escolas do mundo todo.

Taylor Swift letras
Cada vez mais os artistas estão se preocupando com a questão das crianças e adolescentes que sofrem com assédio nas escolas e entre amigos por serem diferentes de alguma maneira.

Agora foi a vez de Taylor Swift mostrar que também está na campanha contra esse tipo de assédio moral. O clipe de Mean mostra os excluídos que acabam se tornando adultos bem sucedidos.

Outros clipes que também demonstram essa preocupação são Born This Way da Lady GagaFirework da Katy PerryWho Says da Selena Gomez e o clássico Beautiful da Christina Aguilera, entre muitos outros.

Veja abaixo o talento de Taylor Swift com o banjo no clipe de Mean e acompanhe com a letra e a tradução no Vagalume:



http://www.vagalume.com.br/news/2011/05/09/taylor-swift-lanca-o-clipe-antibullying-de-mean.html#ixzz1Midk4l00

domingo, 15 de maio de 2011

Estrelando - Bullying: - Fui jogada numa lixeira, diz Lady Gaga

Estrelando - Bullying: - Fui jogada numa lixeira, diz Lady Gaga: "Assim como muitas celebridades, Lady Gaga revelou que já sofreu bullying durante a adolescência. O incidente aconteceu quando a cantora tinha apenas 14 anos, ela foi jogada dentro de uma lixeira. A confissão foi feita durante uma entrevista ao jornal The Guardian.

- Eu sofri bullying. Fui jogada numa lixeira, na esquina de uma rua, por garotos que saiam com meninas da minha turma. Me senti sem valor algum, envergonhada e completamente petrificada. Eu tinha 14 anos. As meninas ficaram rindo enquanto eles me colocavam na lixeira. "

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Bullying motivou 87% de ataques em escolas, diz estudo dos EUA

Pesquisa analisou 66 ataques no mundo de 1955 a 2011.
Psiquiatra norte-americano diz que não há perfil para assassino nas escolas.

O psiquiatra americano Timothy Brewerton, que tratou de alguns dos estudantes sobreviventes do massacre de Columbine, que deixou 13 mortos em 1999 nos Estados Unidos, apresentou nesta sexta-feira (15), no Rio, estudo realizado pelo serviço secreto do país cujo resultado apontou que, nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo de 1966 a 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying e foram movidos pelo desejo de vingança.
Trata-se da mesma motivação alegada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. "O bullying pode ser considerado a chave para entender o problema e um enorme fator de risco, mas outras características são importantes, como tendências suicidas, problemas mentais e acessos de ira. Não acredito em um estereótipo ou perfil para um assassino potencial nas escolas."
 
A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. "Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus-tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, isolamento e indiferença", disse Brewerton.
Segundo ele, 70% dos ataques registrados em escolas no mundo aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que naquele país 160 mil alunos faltam diariamente no colégio por medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
 
Fonte:
http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/04/bullying-motivou-87-de-ataques-em-escolas-diz-estudo-dos-eua.html

 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Escolas proíbem apelidos que humilham estudantes


Após tragédia no Rio, onde 12 crianças foram mortas por ex-aluno, professores estão mais atentos à discriminação no ambiente escolar
Leticia Orlandi
Visando evitar humilhações e discriminação, escolas da Grande Vitória proíbem que alunos deem apelidos pejorativos, ou negativos, aos colegas. Depois da tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, no dia 7 de abril – em que um ex-aluno entrou na escola atirando ematou 12 crianças –, professores de escolas da Grande Vitória passaram a ficar mais atentos dentro de sala. Isso porque o atirador Wellington Menezes de Oliveira deixou cartas e vídeos com a motivação do crime: humilhações com apelidos e agressões, conhecidas como bullying, que sofreu de colegas enquanto estudava no local. Na Grande Vitória, os apelidos não são tolerados pelas instituições de ensino e professores e coordenadores ficam atentos para notar alguma mudança no comportamento. Dependendo do caso, o aluno pode até ser expulso. 
O QUE AS ESCOLAS FAZEM

Darwin
> O BULLYING é trabalhado em várias disciplinas. Apelidos que ofendem os alunos também não são tolerados.
Ludovico Pavoni
> ALUNOS NÃO PODEM usar apelidos pejorativos contra colegas. Caso isso aconteça, pais assinam um termo de compromisso para que a situação não se repita.
Primeiro Mundo
> É FEITO um trabalho para identificar um comportamento agressivo com indicação de especialistas, além de ministradas palestras sobre o tema.
Salesiano
> OS PROFESSORES são orientados a ficar atentos aos comportamentos dentro da sala de aula. Profissionais ficam atentos até mesmo no recreio, para que não haja apelidos humilhantes.
Marista
> OS APELIDOS também são proibidos e o aluno pode levar advertência.
Monteiro Lobato
> LEVAM especialistas sobre bullying para dar palestras. Não pode haver desrespeito entre alunos na escola, como um apelido que não goste.
Crescer
> É PROIBIDO colocar apelidos nos colegas ou usar de deboche. Os professores ficam atentos às brincadeiras e, quando percebem comportamentos agressivos, conversam com os alunos e chamam a família.
Escola da Ilha
> PAIS E PROFESSORES se reúnem mensalmente para discutir assuntos da escola, como a agressividade. Todas as relações de conflito são trabalhadas pela escola.
Contec
> AS BRINCADEIRAS de criança passaram a ser olhadas com ar mais sério. Apelidos não são tolerados e são considerados atos de indisciplina grave, levando até à expulsão.
Escolas estaduais
> DE ACORDO com o regimento, cometer bullying e usar apelidos racistas e preconceituosos são atos infracionais.
> SE O ALUNO NÃO CUMPRIR, pode levar advertência, suspensão ou até transferência compulsória.
Vitória
> AS ESCOLAS do município apostam na mobilização estudantil para que o bullying seja combatido. Os alunos desenvolvem debates na escola e levam o assunto para a comunidade.
Vila Velha
> AS ESCOLAS municipais também fazem trabalhos para evitar casos de discriminação entre os alunos.
Serra
> ALGUMAS escolas municipais desenvolvem projetos que trabalham o assunto humilhação. As regras são definidas por cada escola.
Fonte: Escolas consultadas.
http://www.redetribuna.com.br/