Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”.
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terça-feira, 31 de maio de 2011
Bullying: o triângulo da agressividade
Bullying: o triângulo da agressividade
Maria Irene Maluf
Durante o século XX o mundo assistiu a um extraordinário período de transformações que surgiram a partir da eclosão de novos e numerosos conhecimentos científicos. Nesse movimento de crescente complexidade, chegamos ao séc. XXI e percebemos que tais inovações, invadiram rapidamente através dos novos meios de comunicações, nossa vida social, familiar e profissional causando um grande impacto, tal como ocorrido na indústria, nas ciências em geral, na medicina, etc.
Nascidas a partir dos anos 90, as crianças e os jovens de hoje, evidentemente enfrentam uma sociedade muito mais intrincada que aquela em que seus pais e avós viveram, os quais sonhavam que o desenvolvimento tecnológico, facilitador das tarefas mais difíceis ou até rotineiras, poderia proporcionar um mundo de bonança e serenidade.
Das histórias de extraterrestres que se comunicava por meio de estranhos instrumentos, pouco restou, pois praticamente tudo pode ser criado de verdade.
As crianças perderam de alguma forma esse sonho que embalou as últimas gerações: a de um mundo maravilhoso por vir, cheio de confortos, facilidades, rapidez, eficiência. Robôs que nos servem, fazem o serviço pesado por nós? Telefones móveis, internet, milhões de informações disponíveis em um aparelhinho do tamanho de uma carteira? Assistir ao vivo um acontecimento que está se passando agora do outro lado do mundo ou mesmo dentro de uma nave espacial? Tudo isso e muito mais existe hoje, em boa parte do nosso planeta e não os surpreende, pois afinal eles vivem nessa realidade desde que nasceram e as encaram como Adão e Eva encararam o Paraíso: tudo muito normal....
Chegamos, entretanto ao século XXI em um mundo onde a felicidade está ligada diretamente àquilo que dá muito prazer e o que dá prazer é o novo, o inédito, a "adrenalina" da eminência de perigo, do desafio. Para tanto, nada melhor do que um jogo, uma brincadeira agressiva e mais: o poder. O poder de subestimar o outro, de usá-lo, de fazer dele um personagem, como uma caricatura. O poder que a agressividade trás aos fracos vem da intimidação que praticam, a qual gera sofrimento que tem dificuldade de se defender.
As crianças vêm aprendendo a ser agressivas cada vez mais precocemente e da mesma forma que a maioria, parecem ter nascido sabendo operar um computador, uma boa parcela delas se assemelham, já aos 4 ou 5 anos, a pré-adolescentes querendo dominar o outro pela hostilidade verbal e física.
A crescente onda de agressividade que se percebe no comportamento de crianças e adolescentes incluem uma enorme gama de condutas explosivas de ira, agressão física e verbal, brigas, ameaças crueldades, vandalismo, etc.
A situação é alarmante: hoje, uma das mais constantes queixas que se encontra nas escolas, de todos os níveis sociais e econômicos é a dificuldade de se lidar com esse potencial instintivo que parece ter renascido com toda força no final do século XX. Bullying, nome dado a esse comportamento universal de violência nas escolas, envolve uma forma de afirmação de poder através de atitudes onde a agressividade intencional, repetitiva, ultrapassa a brincadeira entre iguais.
O bullying ou violência escolar é um termo criado na década de 80 na Noruega, originado da palavra inglesa "bully", ou seja, valentão. Na forma de verbo, indica a ação de ameaçar, intimidar. E é isso mesmo que ocorre:uma série intencional e repetida de atitudes agressivas de um ou mais estudantes,sem qualquer motivo plausível, contra um grupo ou um colega sobre o qual exercem algum poder de intimidação.
Mas afinal, quais são as causas? Problemas de educação? Da família? Das escolas? Ou seria a TV, o computador, a Internet, os maus exemplos?
Muitos estudos têm mostrado que é necessária uma interação complexa de fatores que elevam o risco do aparecimento de condutas violentas nas crianças e jovens, para que o bullying apareça: ter vivido cenas violentas ou sofrido violências, abuso sexual, físico, excessiva exposição a violência através de jogos, televisão; uso de drogas, álcool, fatores socioeconômicos prejudicados, família desestruturada, problemas psiquiátricos, entre outros.
É unânime que a criança que apresenta este problema deve ser tratada e não punida, pois lidamos com jovens que sofrem, que não encontram formas de se aproximarem de seus iguais, que se percebem tão frágeis que tem de mostrar o contrário, provar todo o tempo que são destemidas. E temos outras que enveredam pelo caminho oposto, tem sua auto-estima diminuída, suas fraquezas expostas e se deixam dominar pelo medo de serem agredidas e humilhadas.
No Bullying nem sempre a vítima é atacada pessoalmente, com agressões, roubos, humilhações verbais ou gestuais. A difamação, o isolamento, também são modalidades muito usadas principalmente pelas meninas. Mais recentemente surgiu uma nova modalidade, o "cyberbullying", quando a tecnologia da informação e comunicação é usada para atos hostis.
A violência escolar leva a vítima a se isolar, sentir-se insegura e discriminada. Em geral, é escolhida por seus agressores justamente por aparentar certa fragilidade, ansiedade,dificuldade de relacionamento com o grupo e termina por ter ainda maiores problemas com sua auto-estima, podendo vir a desenvolver depressão e apresentar baixo rendimento escolar.
As ações de prepotência trespassam a agressividade física ou verbal. É mais refinada, envolvendo intimidação psicológica, de modo que quando os pais e professores se dão conta, o fato já ocorre normalmente há muito tempo.
Seu objetivo não é só humilhar, ridicularizar, mas também controlar constantemente um colega ou grupo de colegas, que por problemas de baixa auto-estima tem carência afetiva tornando-se alvo fácil de ser controlado por outro que busca se destacar.
Todos sabem que essa situação não envolve nada de totalmente novo, já que as disputas entre crianças e jovens na escola, sempre existiu. O que difere esses dois momentos é que no passado a briga era entre iguais e hoje se trata de uma série de atos de intimidação sistemáticos, que se dão entre três grupos: os intimidadores (os "bullies"), os intimidados e os expectadores, posições estas que podem se inverter. Os expectadores, por exemplo, se calam por medo de se transformarem na próxima vítima e que por isso, tornam-se por vezes, novos agressores.
Uma característica marcante é que praticamente metade das vítimas não tem coragem de pedir ajuda aos professores e aos seus pais. Apesar de ser mais freqüente após os 11 anos de idade, o Bullying também acontece no ensino médio e na pré-escola.
Os meninos são maioria entre os agressores, mas dividem com as meninas o número daqueles que são vítimas. Os meninos não parecem ter preferência por suas vítimas serem de um ou outro sexo. Já as meninas tem quase sempre outra menina como alvo.
Sabe-se através de pesquisas que metade de todos os estudantes são intimidados ao menos uma vez na vida escolar e que ao menos 10%, o são com certa regularidade, o que ocasiona um tipo de sofrimento que os pode prejudicar na sua vida social, emocional.
Pensar que os intimidadores são crianças ou jovens fortes é um erro: eles são em geral vitimas de abuso físico ou de intimidação que os tornou depressivos, agressivos. Para sobreviver, aprenderam essa forma de se relacionar no meio ambiente e se destacarem. Entretanto, não é raro que se tornem vítimas de bullying e por isso, procuram ser cada vez mais reconhecidamente agressivos, dominadores. O agressor normalmente, também é alguém com problemas de insegurança, de relacionamento social, que aprendeu com adultos essa forma de resolver suas questões, já que é freqüentemente vítima de rejeição, de humilhação, de pouco cuidado por parte de famílias desestruturadas, onde a agressão é o modelo usado para impor o poder. Torna-se um valentão na aparência, mas é uma criança ou um jovem, que precisa de assistência para conseguir se expressar e se relacionar de forma socialmente adequada.
O ambiente familiar é em grande parte responsável pela agressividade das crianças. Os estímulos familiares são os que influenciam por mais tempo a formação do ser humano e por isso superam a qualquer outro em importância na sua educação.
A agressividade sofrida na própria família marca a criança de forma indelével e tem uma multiplicidade de conseqüências ao longo da sua vida.Seja física,verbal ou atitudinal, a agressividade dos pais, aponta para frustrações originadas na própria família,na vida profissional ou meio social. A vida escolar dos filhos, por exemplo, pode ser motivo de frustrações nos pais, o que gera reações agressivas entre eles.
Aos pais cabe a tarefa de observarem com cuidado seus filhos que demonstrem receio de ir à escola, negando-se ou preferindo serem acompanhados por estes e demonstrem baixa auto-estima, problemas de aprendizagem, perda freqüente de material escolar ou objetos pessoais ou ainda que dêem explicações pouco razoáveis para esses fatos assim como para o aparecimento de ferimentos corporais leves e danos ao uniforme escolar.
Se a família perceber ou for informada que seu filho é um agressor, não o vai ajudar se tratar dessa questão com desdém, dar seu consentimento ou cobertura a tais comportamentos. Também vai piorar as coisas, agindo de forma violenta.
Assim como suas vítimas, os agressores precisam do apoio da escola, da sua família e de profissionais especializados. Sem ajuda adequada, muitas dessas crianças poderão vir a ser delinqüentes na juventude e adultos desajustados no futuro.
Nascidas a partir dos anos 90, as crianças e os jovens de hoje, evidentemente enfrentam uma sociedade muito mais intrincada que aquela em que seus pais e avós viveram, os quais sonhavam que o desenvolvimento tecnológico, facilitador das tarefas mais difíceis ou até rotineiras, poderia proporcionar um mundo de bonança e serenidade.
Das histórias de extraterrestres que se comunicava por meio de estranhos instrumentos, pouco restou, pois praticamente tudo pode ser criado de verdade.
As crianças perderam de alguma forma esse sonho que embalou as últimas gerações: a de um mundo maravilhoso por vir, cheio de confortos, facilidades, rapidez, eficiência. Robôs que nos servem, fazem o serviço pesado por nós? Telefones móveis, internet, milhões de informações disponíveis em um aparelhinho do tamanho de uma carteira? Assistir ao vivo um acontecimento que está se passando agora do outro lado do mundo ou mesmo dentro de uma nave espacial? Tudo isso e muito mais existe hoje, em boa parte do nosso planeta e não os surpreende, pois afinal eles vivem nessa realidade desde que nasceram e as encaram como Adão e Eva encararam o Paraíso: tudo muito normal....
Chegamos, entretanto ao século XXI em um mundo onde a felicidade está ligada diretamente àquilo que dá muito prazer e o que dá prazer é o novo, o inédito, a "adrenalina" da eminência de perigo, do desafio. Para tanto, nada melhor do que um jogo, uma brincadeira agressiva e mais: o poder. O poder de subestimar o outro, de usá-lo, de fazer dele um personagem, como uma caricatura. O poder que a agressividade trás aos fracos vem da intimidação que praticam, a qual gera sofrimento que tem dificuldade de se defender.
As crianças vêm aprendendo a ser agressivas cada vez mais precocemente e da mesma forma que a maioria, parecem ter nascido sabendo operar um computador, uma boa parcela delas se assemelham, já aos 4 ou 5 anos, a pré-adolescentes querendo dominar o outro pela hostilidade verbal e física.
A crescente onda de agressividade que se percebe no comportamento de crianças e adolescentes incluem uma enorme gama de condutas explosivas de ira, agressão física e verbal, brigas, ameaças crueldades, vandalismo, etc.
A situação é alarmante: hoje, uma das mais constantes queixas que se encontra nas escolas, de todos os níveis sociais e econômicos é a dificuldade de se lidar com esse potencial instintivo que parece ter renascido com toda força no final do século XX. Bullying, nome dado a esse comportamento universal de violência nas escolas, envolve uma forma de afirmação de poder através de atitudes onde a agressividade intencional, repetitiva, ultrapassa a brincadeira entre iguais.
O bullying ou violência escolar é um termo criado na década de 80 na Noruega, originado da palavra inglesa "bully", ou seja, valentão. Na forma de verbo, indica a ação de ameaçar, intimidar. E é isso mesmo que ocorre:uma série intencional e repetida de atitudes agressivas de um ou mais estudantes,sem qualquer motivo plausível, contra um grupo ou um colega sobre o qual exercem algum poder de intimidação.
Mas afinal, quais são as causas? Problemas de educação? Da família? Das escolas? Ou seria a TV, o computador, a Internet, os maus exemplos?
Muitos estudos têm mostrado que é necessária uma interação complexa de fatores que elevam o risco do aparecimento de condutas violentas nas crianças e jovens, para que o bullying apareça: ter vivido cenas violentas ou sofrido violências, abuso sexual, físico, excessiva exposição a violência através de jogos, televisão; uso de drogas, álcool, fatores socioeconômicos prejudicados, família desestruturada, problemas psiquiátricos, entre outros.
É unânime que a criança que apresenta este problema deve ser tratada e não punida, pois lidamos com jovens que sofrem, que não encontram formas de se aproximarem de seus iguais, que se percebem tão frágeis que tem de mostrar o contrário, provar todo o tempo que são destemidas. E temos outras que enveredam pelo caminho oposto, tem sua auto-estima diminuída, suas fraquezas expostas e se deixam dominar pelo medo de serem agredidas e humilhadas.
No Bullying nem sempre a vítima é atacada pessoalmente, com agressões, roubos, humilhações verbais ou gestuais. A difamação, o isolamento, também são modalidades muito usadas principalmente pelas meninas. Mais recentemente surgiu uma nova modalidade, o "cyberbullying", quando a tecnologia da informação e comunicação é usada para atos hostis.
A violência escolar leva a vítima a se isolar, sentir-se insegura e discriminada. Em geral, é escolhida por seus agressores justamente por aparentar certa fragilidade, ansiedade,dificuldade de relacionamento com o grupo e termina por ter ainda maiores problemas com sua auto-estima, podendo vir a desenvolver depressão e apresentar baixo rendimento escolar.
As ações de prepotência trespassam a agressividade física ou verbal. É mais refinada, envolvendo intimidação psicológica, de modo que quando os pais e professores se dão conta, o fato já ocorre normalmente há muito tempo.
Seu objetivo não é só humilhar, ridicularizar, mas também controlar constantemente um colega ou grupo de colegas, que por problemas de baixa auto-estima tem carência afetiva tornando-se alvo fácil de ser controlado por outro que busca se destacar.
Todos sabem que essa situação não envolve nada de totalmente novo, já que as disputas entre crianças e jovens na escola, sempre existiu. O que difere esses dois momentos é que no passado a briga era entre iguais e hoje se trata de uma série de atos de intimidação sistemáticos, que se dão entre três grupos: os intimidadores (os "bullies"), os intimidados e os expectadores, posições estas que podem se inverter. Os expectadores, por exemplo, se calam por medo de se transformarem na próxima vítima e que por isso, tornam-se por vezes, novos agressores.
Uma característica marcante é que praticamente metade das vítimas não tem coragem de pedir ajuda aos professores e aos seus pais. Apesar de ser mais freqüente após os 11 anos de idade, o Bullying também acontece no ensino médio e na pré-escola.
Os meninos são maioria entre os agressores, mas dividem com as meninas o número daqueles que são vítimas. Os meninos não parecem ter preferência por suas vítimas serem de um ou outro sexo. Já as meninas tem quase sempre outra menina como alvo.
Sabe-se através de pesquisas que metade de todos os estudantes são intimidados ao menos uma vez na vida escolar e que ao menos 10%, o são com certa regularidade, o que ocasiona um tipo de sofrimento que os pode prejudicar na sua vida social, emocional.
Pensar que os intimidadores são crianças ou jovens fortes é um erro: eles são em geral vitimas de abuso físico ou de intimidação que os tornou depressivos, agressivos. Para sobreviver, aprenderam essa forma de se relacionar no meio ambiente e se destacarem. Entretanto, não é raro que se tornem vítimas de bullying e por isso, procuram ser cada vez mais reconhecidamente agressivos, dominadores. O agressor normalmente, também é alguém com problemas de insegurança, de relacionamento social, que aprendeu com adultos essa forma de resolver suas questões, já que é freqüentemente vítima de rejeição, de humilhação, de pouco cuidado por parte de famílias desestruturadas, onde a agressão é o modelo usado para impor o poder. Torna-se um valentão na aparência, mas é uma criança ou um jovem, que precisa de assistência para conseguir se expressar e se relacionar de forma socialmente adequada.
O ambiente familiar é em grande parte responsável pela agressividade das crianças. Os estímulos familiares são os que influenciam por mais tempo a formação do ser humano e por isso superam a qualquer outro em importância na sua educação.
A agressividade sofrida na própria família marca a criança de forma indelével e tem uma multiplicidade de conseqüências ao longo da sua vida.Seja física,verbal ou atitudinal, a agressividade dos pais, aponta para frustrações originadas na própria família,na vida profissional ou meio social. A vida escolar dos filhos, por exemplo, pode ser motivo de frustrações nos pais, o que gera reações agressivas entre eles.
Aos pais cabe a tarefa de observarem com cuidado seus filhos que demonstrem receio de ir à escola, negando-se ou preferindo serem acompanhados por estes e demonstrem baixa auto-estima, problemas de aprendizagem, perda freqüente de material escolar ou objetos pessoais ou ainda que dêem explicações pouco razoáveis para esses fatos assim como para o aparecimento de ferimentos corporais leves e danos ao uniforme escolar.
Se a família perceber ou for informada que seu filho é um agressor, não o vai ajudar se tratar dessa questão com desdém, dar seu consentimento ou cobertura a tais comportamentos. Também vai piorar as coisas, agindo de forma violenta.
Assim como suas vítimas, os agressores precisam do apoio da escola, da sua família e de profissionais especializados. Sem ajuda adequada, muitas dessas crianças poderão vir a ser delinqüentes na juventude e adultos desajustados no futuro.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Amigos da Escola promove debate sobre Bullying e Cyberbullying
Serginho Groisman será mediador do debate transmitido ao vivo pela internet
O debate terá a participação de duas especialistas – a psicóloga Ana Beatriz Barbosa e a especialista em educação Andrea Ramal –, e será mediado pelo apresentador Serginho Groisman. Felipe, aluno que iniciou a campanha antibullying no programa Altas Horas, também fará participação especial.
Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever as violência física e psicológica praticadas por uma pessoa ou um grupo com a intenção de intimidar ou agredir um indivíduo. No ano passado, o Sergio Groisman iniciou uma campanha sobre o tema com o apoio do projeto Amigos da Escola, que incluiu uma série de entrevistas com pessoas que sofreram essa violência. Esse debate é uma oportunidade de a comunidade escolar tirar as dúvidas sobre o tema e encontrar meios de combatê-lo dentro e fora da sala de aula.
Autor de bullying que extorquiu colega vai limpar escola
Adolescente de 13 anos irá limpar escola e lavar louça da merenda escolar. Família também terá que devolver R$ 500,00 para vítima em Campo Grande
O promotor de Campo Grande, Sérgio Harfouche, da 27ª Vara da Infância e da Adolescência, determinou que o adolescente de 13 anos que foi flagrado extorquindo um colega de escola, vai ser punido com 'castigo': ele terá que cumprir tarefas na escola, como limpeza de pátios e lavar louça da merenda escolar, além de participar de curso de orientação contra bullying. A penalidade será aplicada a partir de segunda-feira (30).
O “castigo” foi aplicado no lugar de medida sócio-educativa, uma alternativa que já tem histórico em outras escolas de Campo Grande, em projeto da promotoria. “Se fosse para a Unei, ele vira bandido”, disse Harfouche. “É uma escola de marginal, institucionalizada no Brasil inteiro; infelizmente não tem perfil de educação”, referindo-se à Unidade Educacional de Internação.
Harfouche resolveu aplicar este tipo de penalidade o pois o garoto não tinha qualquer antecedente na Justiça. Nestes três meses de penalidade, caso seja flagrado em outra situação irregular, irá responder pelo ato infracional da extorsão, sendo punido com internação na Unei. "Estou dando a oportunidade para que ele mostre se é indisciplinado ou infrator".
Além da punição, a mãe do garoto terá que entregar R$ 500,00 à vítima, montante médio calculado que o garoto, também de 13 anos, teria pago para evitar ser agredido na escola. Nenhum dos garotos estuda mais na instituição em que o caso aconteceu, mas a punição será cumprida lá, como forma de alerta as outros estudantes.
A Polícia Civil investiga outros dois adolescentes que também estariam extorquindo o colega. Na próxima semana, Harfouche irá conversar com o garoto que foi vítima de bullying, para acompanhamento. As informações são do G1.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
O Bullying começa em casa
O Bullying começa em casa:
"No livro 'Bullying - mentes perigosas nas escolas' (Rio de Janeiro: Editora Fontanar, 2010), a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva analisa o perfil dos bullies, ou seja, dos agressores que cometem Bullying. Na entrevista a seguir, concedida, por e-mail, à IHU On-Line, ela revê o início dos estudos acerca desse problema crescente no mundo todo e lembra que o marco se deu em 1982, quando “o norte da Noruega foi palco de um acontecimento dramático, onde três crianças com idade entre 10 e 14 anos se suicidaram por terem sofrido maus-tratos pelos seus colegas de escola”."
Ícones das artes marciais fazem campanha contra bullying - Paraná-Online - Paranaense como você
Ícones das artes marciais fazem campanha contra bullying - Paraná-Online - Paranaense como você:
"Segundo o campeão dos meio-médios do Ultimate Fight Championship(UFC), que ressaltou os problemas que viveu na infância, as artes marciais podem ajudar na luta contra o bullying. 'Não quero apenas ajudar as criança que sofrem bullying, mas também mudar a cabeça de quem pratica, mostrar que o que eles fazem é algo ruim', disse GSP, em entrevista ao site Yahoo."
terça-feira, 24 de maio de 2011
Adolescente paga R$1.000 para evitar bullying
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Um estudante de 13 anos pagou R$1.000 para não ser agredido na escola. O aluno foi ameaçado durante um ano por um colega que exigia que a vítima pagasse pequenas quantias que somadas chegavam a esse valor. A extorsão aconteceu dentro da escola Estadual Vespasiano Martins, em Campo Grande. O autor das ameaças pediu transferência de escola em dezembro do ano passado. Mesmo assim ele continuou a ameaçar a vítima. Na última semana ele ligou para o estudante pedindo mais dinheiro, dessa vez o aluno ameaçado gravou a conversa. Depois de marcar um encontro em um terminal de ônibus eles discutem o preço a ser pago. A vítima pergunta de quanto seria a quantia dessa vez e o agressor responde que exigiria R$1.000. Denúncia O caso foi denunciado por uma vizinha. Ela descobriu que o filho – aluno do mesmo colégio - também era extorquido. A denúncia foi registrada na Deaji (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente) como extorsão. O autor das ameaças foi chamado para prestar depoimento e confessou que pedia dinheiro para não bater nos colegas. A delegada Aline Lopes, conta que o autor tem essa atitude como normal. -Ele afirmou que não ameaçava, para ele isso não era ameaça, era norma para ele. Mas confessou dizendo que podia ter dito que ia bater, mas que nunca os ameaçou de morte. O inquérito foi enviado ao Ministério Público. A delegada não pediu a detenção do autor por ele não ter passagem pela polícia. O estudante que cometia bullying tem a mesma idade e tipo físico que a vítima, o que chamou a atenção da polícia. Para a psicóloga, Valéria Rezende da Silva, ainda que a vítima não tenha sido agredida fisicamente o caso se configura como bullying. -Este rapaz agressor devia ter um poder de persuasão muito forte, porque ele conseguiu realmente dominar este outro garoto da mesma idade e tipo físico. Esta é uma característica clássica de bullying. | ||
Fonte: R7 | ||
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