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quarta-feira, 28 de março de 2012

Pesquisa mostra dados do bullying nas escolas de São José dos Campos

Adolescentes relatam as agressões que sofrem no ambiente escolar

Um em cada três adolescentes, com idade entre 12 e 14 anos, já foi vítima de bullying. É isso o que aponta uma pesquisa realizada pela Secretaria de Juventude de São José dos Campos. Dentre 800 jovens ouvidos, 33% disseram ter sofrido este tipo de violência e 24% afirmaram já terem sido vítimas pelo menos uma vez. 

“Eles xingam qualquer pessoa e escolhem, principalmente, aqueles que mais se sentem mal com isso”, relata uma estudante. “Nós não podemos fazer para eles o que fazem com a gente. Tentamos não fazer nada para dar bom exemplo, mas eles provocam muito. É difícil aguentar”. 

Algumas escolas da cidade promovem atividades para minimizar este problema. O projeto se chama Justiça Restaurativa, e a proposta é que todos possam expor o que estão sentindo. 

“As pessoas podem se manifestar e cada um conta o problema se quiser”, explica a diretora de escola, Mônica Delgado. “Reunimos tanto quem sofre o bullying como quem pratica. A ideia é restabelecer e restaurar as relações”. 

No ambiente escolar, conflitos já são esperados. Alguns casos, entretanto, são mais difíceis de serem tratados. Nesta semana, a família de um estudante da escola Ruth Nunes, do Parque Interlagos, zona sul de São José, procurou a TV Vanguarda para contar o caso de um aluno do 7º ano. 

Ele estava recebendo provocações de um colega mais velho. As ameaças, entretanto, viraram agressões físicas depois de um tempo. 

“Ele agarrou meu pescoço, jogou minha cabeça na parede e começou a me dar socos e pontapés”, conta a vítima. “Ele chegou até pegar um compasso para furar o olho de um menino”. 

A mãe conta que desde o início do ano estava recebendo as reclamações do filho e, por isso, procurou a direção da escola. Porém, nada foi feito. Depois que o menino foi agredido, veio a decisão de levar o caso adiante. 

“Falaram que a única coisa possível de ser feita era pedir a transferência do meu filho. Mas eu não acho justo isto”, diz a mãe. “Depois que agrediram ele, fui no Conselho Tutelar e fiz um boletim de ocorrência contra o agressor”. 

O garoto continua na escola, mas se sente inseguro no local. O medo é que novas agressões aconteçam. 

A secretaria municipal de educação de São José dos Campos disse, em nota, já ter tomado cuidados e providências com relação ao assunto. A nota diz ainda que os alunos já foram orientados e que os responsáveis pelos envolvidos foram convocados para reuniões. Além disso, o conselho tutelar foi acionado. 

Como lidar com o bullying ?
Mesmo com essas medidas, o bullying continua sendo um desafio para os pais, professores e diretores de escola. Para a psicóloga Keila Saito, o importante nestes casos é trabalhar a autoestima dos adolescentes que são vítimas deste tipo de agressão.


“O prazer de quem pratica o bullying é ver o sofrimento da vítima”, esclarece a profissional. “Quando a criança tem uma autoestima elevada, esses xingamentos não surtirão efeito. Com isso, esse ciclo se encerra”. 

A psicóloga ainda ressalta que o agressor também precisa de tratamento. Afinal, ele escolhe as vítimas que julga serem inferiores a ele. 

“Quando o adolescente chega ao estágio de agredir um colega, é porque ele se sente muito poderoso. Ele sente que pode fazer isso porque não acontecerá absolutamente nada. A sensação de impunidade é o que gera isso.”

domingo, 4 de março de 2012

Famílias de jovens são condenadas a pagar indenização por bullying virtual


Adolescente que foi vítima de bullying vai receber indenização por danos morais. O assédio foi praticado por colegas da jovem, mas como elas são menores, quem vai pagar a indenização serão os pais das alunas.
A adolescente de 13 anos postou fotos numa rede social e logo depois a senha dela foi bloqueada. Por isso, ela não acessou mais a página na internet. Cinco meses depois, quando foi alertada por uma professora, a mãe descobriu que as legendas das fotos tinham sido trocadas por frases pesadas, de conotação sexual.

A mãe registrou queixa na delegacia, mas achava que o autor era um desconhecido. “Minha filha sofrendo na escola, chacota por parte dos amigos, calúnias. Não tinha amizades, sempre chorando, foi agravando o quadro, começou depressão".
Só sete meses depois, a filha teve coragem de contar à mãe que foram as colegas de turma que mudaram a senha e reescreveram as legendas.
A mãe decidiu entrar na Justiça e ganhou uma ação por danos morais. As famílias das duas meninas que alteraram as legendas das fotos foram condenadas a pagar R$ 15 mil: R$ 10 mil à colega e mais R$ 5 mil pelo constrangimento do irmão, que também estava nas fotos. As famílias ainda podem recorrer da decisão.
“Muitas vezes o criminoso tira rapidamente essas informações. Se um amigo perceber, deve imprimir o material e procurar a polícia mais próxima e pedir lavratura do boletim de ocorrência", diz Demétrius Gonzaga Oliveira, delegado.Em Curitiba, a única delegacia especializada em crimes pela internet do Brasil recebe centenas de denúncias de cyber bullying todos os meses. O delegado orienta quem for vítima de calúnia pela internet a guardar as provas do crime e procurar a delegacia mais próxima.
No caso do Paraná, a adolescente precisou de acompanhamento médico e remédios para se recuperar do trauma. Ela também teve que mudar de escola para recomeçar a vida.
“São novas ainda, são crianças, não sabiam até onde talvez pudessem ir, mas eu acho que deveriam ter mais cuidado, respeitar o próximo”, diz a mãe da garota, que não quis se identificar.
FONTE: Jornal Hoje- G1

sábado, 3 de março de 2012

Boletim Informativo: Aprovada a Lei de combate ao "Bullying", nas escolas do Estado do ES.


O Projeto de Lei nº 544/09, que define e regulamenta ações voltadas para o combate ao bullying nas escolas públicas e particulares do Espírito Santo, foi aprovado pelos deputados na sessão desta terça-feira (22), no plenário da Assembleia Legislativa.
O projeto de lei é de autoria do deputado César Colnago. Após a aprovação em plenário, o projeto será encaminhado ao Palácio Anchieta, onde aguardará pela sanção do governador Paulo Hartung.
Projeto O Projeto de Lei nº 544/09, define e regulamenta ações voltadas para o combate ao bullying.
Para debater o tema, foi realizada audiência pública, no último dia 09. Foram convidados: a promotora da Vara da Infância e da Juventude de João Pessoa, Paraíba, Soraya Scorel, instituições educacionais do estado, professores, pais e estudantes.
Bullying O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, executadas dentro de uma relação desigual de poder, que ocorrem sem motivação aparente.
São praticadas por um ou mais estudantes contra outro (ou outros), causando dor e angústia. As consequências podem ser desastrosas.
A vítima pode desenvolver baixa autoestima e, caso a situação não seja resolvida, pode até desenvolver fobias. Consequentemente, perde o interesse pela escola e há baixo rendimento escolar.
Conscientização
O projeto de “Combate ao Bullying” não se limita a proibir a prática do mesmo. Procura esclarecer a comunidade escolar sobre a abrangência do termo e conscientizar sobre medidas de prevenção, diagnose e combate.
Para tanto, prevê a capacitação do corpo docente, equipe pedagógica e funcionários da escola, visando à promoção de discussões, ações de orientação, prevenção e solução do problema.
Também prevê a orientação dos envolvidos em situação de bullying– os que praticam e as vítimas – “visando à recuperação da autoestima, do desenvolvimento psicossocial e da convivência harmônica no ambiente escolar e social”.
A idéia é envolver as famílias nesse processo. Ao poder público caberá a elaboração de políticas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying, respeitando as medidas protetoras estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
SITE:  Fui incansável na divulgação e informação acerca do tema "Bullying". Escrevi artigos, que foram publicados em diversos sites .
O Twitter foi a mídia social que utilizei para a alcançar o meu objetivo que era a aprovação de uma Lei contra o Bullying no meu Estado.
O "Bullying" hoje já não é um nome desconhecido. Lembro que quando entrei no Twitter quase ninguém sabia o que era "Bullying" e hoje o tema é amplamente conhecido. Tenho na figura do Promotor de Minas Gerais, Lélio Calhau, um grande exemplo de como perseguir um ideal e ser vitorioso. A vitória nas causas sociais, dependem de idealistas, que são os grandes sonhadores e idealizadores de um mundo melhor, mesmo quando as adversidades dizem Não!.
A Promotora da Paraíba, Soraya Scorel, que tive a honra de conhecer na "Audiência Pública" realizada, onde foi palestrante e na qual fiz parte da mesa, é outro exemplo de perseverância. A primeira Lei Antibullying Estadual é do Estado da Paraíba. Ela faz um trabalho belíssimo naquele Estado.
O Ministério Público tem sido atuante e combatente contra a prática do "Bullying" nesses Estados.
Sonho em ver o Ministério Público do meu Estado(ES) fortemente atuante nessa grande batalha das "Palavras boas contra as palavras más" - Bullying
Rendo minha honra a esses dois guerreiros: Lelio Calhau e Soraya Escorel.
Continuemos sonhando... Estamos dando os primeiros passos para combater esse mal que tem feito muitas vítimas. Vamos continuar, pois a nossa meta é erradicar do nosso meio essa prática covarde.
AVANTE !!!  
Fonte: Kathia Mattos 

sexta-feira, 2 de março de 2012

‘Pensei que fosse caso de pedofilia’, diz mãe de aluna que sofreu bullying

A mãe registrou Boletim de Ocorrência (B.O) assim que a violação foi descoberta e a partir de então, seguindo a orientação dos representantes da Polícia Civil na cidade e do Núcleo de Combate aos Cibercrimes em Curitiba (Nuciber), passou a imprimir as mensagens postadas e a documentar quaisquer circunstâncias relacionadas ao bullying contra a adolescente. As ofensas ocorreram em 2010, quando a jovem tinha 13 anos.
Exigiu um amadurecimento, mas deixou sequelas"
mãe de jovem que sofreu bullying
As mensagens foram publicadas por um ano na internet e fizeram com que a garota virasse motivo de chacota no colégio, o que interferiu diretamente no comportamento e na saúde psicológica dela. Durante seis meses, segundo relatos da mãe, a adolescente chorava sem motivo e reclamava que não queria ir para a aula, mas nunca chegou a contar para os familiares o que estava ocorrendo.


“Até que começaram as crises de depressão e de pânico. Então, nós levamos ao neurologista e ao psicólogo e por dois anos ela utilizou medicação”, disse a mãe. O motivo só foi descoberto algum tempo depois.
A infração foi cometida por duas adolescentes que estudavam junto com a garota. A mãe contou que as meninas estavam se vangloriando do feito e uma terceira aluna ouviu e contou para uma professora. Segundo a mãe, uma das garotas, que postaram as mensagens, jogava futsal junto com a adolescente agredida. “A minha filha sempre se destacou na parte de esportes e tinha boas notas, era sempre elogiada. Talvez isso pode ter gerado um pouco de ciúmes”, especulou a mãe na tentativa de achar um motivo para as agressões contra a filha.
“Chamamos os pais e foi feita uma reunião com a direção da escola. Tudo registrado em ata e documentado. Foi esclarecido o que as meninas tinham feito e também foi sugerido que as meninas fizessem uma retratação perante os outros colegas, mas elas não aceitaram”, contou a mãe.


Como não houve retratação, a mãe decidiu levar o caso à Justiça. “Se não tem a humildade para pedir desculpas, elas tem que saber se transgredirem uma lei, vão ser punidas”, afirmou a mãe.
Os pais de duas adolescentes foram condenados a pagar R$ 15 mil de indenização para a família de uma adolescente que foi vítima de bullying. A decisão ocorreu em primeira instância em fevereiro deste ano. O advogado dos pais de uma das garotas, Edson Stadler, afirmou que vai recorrer. “Nós entendemos e respeitamos a sentença de primeiro grau, entretanto, estamos recorrendo e acreditamos que o Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná vai reformar a decisão”, declarou Stadler. O advogado dos pais da outra jovem não foi localizado pelo G1.
Na avaliação da mãe, mesmo dois anos após o ocorrido, e matriculada em outra escola, a adolescente não voltou a ser a jovem alegre e esportiva. “Ela melhorou, mas não é como antes”, lamentou a mãe. “Ela tenta praticar um pouco de esporte, mas tem dificuldade de fazer novas amizades, é insegura”, acrescentou.
A mãe contou ainda que a garota recebeu apoio da família e junto com o médico eles trabalham a situação para que a adolescente entenda que é um problema que precisa ser superado. “Não vai ser o primeiro, nem vai ser o último [problema] e exigiu um amadurecimento, mas deixou sequelas”, finalizou a mãe da jovem.
Por: 

Bibiana Dionísio Do G1 PR

A mãe da estudante que sofreu bullying em uma escola dePonta Grossa, a 115 quilômetros de Curitiba, contou que assim que soube das mensagens de cunho sexual postadas na página da filha em uma rede social achou que fosse pedofilia. “Pensei que fosse caso de pedofilia. Achei que fosse alguém que pegou a senha e estava tentando intimidar minha filha”, contou a mãe, que optou por não se identificar.
Fonte: http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/03/pensei-que-fosse-caso-de-pedofilia-diz-mae-de-aluna-que-sofreu-bullying.html